O vídeo gravado na última Reunião do Conselhodeliberativo dosrepresentantes regionais, municipais e demais associados do Sintepe (Sindicato dos trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco) na sede do órgão, em Recife revela o quadro atual da educação pública no Estado. Heleno Araújo faz duras críticas ao Governo opressor de Eduardo Campos revelando estudos recentes de Institutos, entidades e Universidades dedicadas aos estudos educacionais com ênfase na qualidade do ensino público no país e conseqüentemente, em Pernambuco. O líder sindical foi bastante objetivo ao demonstrar que a qualidade do ensino no Estado caiu bastante e que a propaganda governamental mostra outra realidade, que, de fato não é a real!
Confiram o vídeo e compartilhem aos demais educadores do Estado de Pernambuco.
Quem é você? Muitas pessoas já
fizeram e receberam essa mesma indagação ao longo de suas vidas. O que a torna
especial é seu caráter filosófico, epistemológico e principalmente de
autoconhecimento. Quando emitimos essa pergunta queremos conhecer o outro, o
desconhecido, o desvelado e não ultrajar ou desdenhar com a outra pessoa. É um
sentimento de empatia, alteridade e preocupação humanitária. Porém, existe o
lado contrário dessa questão: você sabe
com quem está falando? Quando as pessoas emitem essa interpelação estão se
colocando num patamar de superioridade, supremacia e soberba sem igual. É a
mesma coisa que colocar um dedo em riste diante da face do outro num tom de
altivez, bravura e imortalidade sem precedentes. Muitos seres humanos foram
afrontados por tal pujança, sentimento de distinção social, religiosa, econômica,
política e ideológica. Pessoas desse tipo se colocam num estágio maior, de
magnanimidade e creem que são especiais. Costumam ver os outros como se fossem
pequenos, irrelevantes e simples mortais. Pegando as assertivas e provocações
filosóficas do filósofo Mário Sérgio Cortella: quem disse que sou melhor que os outros? Que a melhor religião é a que
pratico? Que o melhor partido político é o que eu sigo? Que sou melhor que os
outros por que disponho de dinheiro? Essas questões servem de esboço e
ponto inicial para uma autoavaliação sobre a questão de quem somos nós, o outro
e etc. Quem não conhece ou já viu atitudes e comportamentos onde alguns seres
humanos ultrajam e menosprezam os outros pela sua condição social, econômica ou
intelectual?
Essas
questões são válidas para se avaliar o quadro atual da sociedade brasileira que
enfrenta uma séria crise de valores éticos e morais em decorrência da
supervalorização da prepotência e arrogância que são virtudes – ou melhor, não
virtudes – condenadas desde a antiguidade pelo filósofo grego Sócrates. O que
dignifica o homem não é o carro ou moto que ele possui; o que torna um ser
humano importante não é a vestimenta que ele traz consigo, os restaurantes que
ele frequenta, a casa onde reside nem o nome que carrega. Um ser humano é
especial e importante a partir do momento que reconhece suas limitações, quando
percebe-se que é um ser mortal, quando se cria, inova e deixa legado e não
somente vive e se entrega aos vícios. Sócrates já alertava a mais de dois mil
anos: algumas pessoas não são sábias por
que pensam que são sábias, mas sábios são aqueles que sabem de que não sabem de
nada. O que Sócrates defendia em tempos pretéritos era a humildade,
simplicidade e arte da prudência, virtudes tangíveis e desejáveis por sua
excelência. Pessoas que imaginam (pois, na verdade, não pensam como deveriam)
serem especiais e proeminentes em relação aos demais mortais estão caminhando para
o abismo dos vícios, desejos e paixões, que na verdade, os colocam num estágio
de inferioridade intelectual, epistemológica e filosófica. Ninguém é especial
por vestir um terno com gravata, por possuir uma carteira gorda e recheada de
cédulas e cartões de crédito, por ocupar um cargo de chefia ou ser muito bem
remunerado. Isso só frutifica e ratifica o demérito filosófico e racional
desses seres que se acham únicos e insubstituíveis. A entrega à estética, por
exemplo, só carrega o indivíduo à estagnação cultural, social e intelectual. A estética
não passa da alimentação de uma virtualidade, de uma assaz ilusão egocêntrica. O
mundo que vivemos, isso é óbvio – apenas para os críticos, pudicos e
conscientes de si é o real e não o virtual. A pessoa que diz: você sabe com quem está falando? Vive no
mundo da fantasia, da imaginação supérflua, do faz de conta, da paralisia
racional e filosófica. Em que mundo nós vivemos?
Para
finalizar, essas inferências servem de discussão para o conceito de
egocentrismo, do Eu acima de tudo e das constelações, para refletir por que
algumas pessoas deixam de se autoavaliar, de pedir conselhos e orientações para
questões que envolvem a humanidade, a natureza e o cosmos. E, como dizia
Fernando Pessoa: Viver não é necessário;
o que é necessário é criar. [...] Tudo
vale a pena, quando a alma não é pequena. Os orgulhosos, egocêntricos, as
pessoas do Eu acima de tudo, os que supervalorizam seus nomes, suas contas
bancárias, seus automóveis, seus bens materiais estão aqui apenas para viver,
enquanto os humildes e simples, os que se orgulham de criar, inovar e acima de
tudo, Ser, serão para sempre eternizados e os que se entregam aos vícios
sociais, econômicos e estéticos, esquecidos!